Conheça dez profissões em alta no mercado de trabalho
Confiantes no vigor da economia
brasileira, empresas locais e multinacionais com filiais no Brasil
preveem contratar mais profissionais nos próximos anos, aumentando, para
isso, as exigências de qualificação da mão de obra.
O otimismo dos empregadores resultou também em
uma crescente formalização na relação com os trabalhadores. Dados do
último Censo, divulgados na semana passada pelo IBGE, revelam que 63,9%
da população ocupada tinha carteira assinada em 2010, contra 54,8%, em
2000.
Segundo um relatório divulgado pela
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em
fevereiro desse ano, a expectativa de contratação para os próximos anos
permanecerá aquecida.
Intitulada Perspectivas Estruturais do Mercado de Trabalho na Indústria Brasileira - 2020,
a pesquisa ouviu de 402 empresas brasileiras - que, juntas, empregam
2,2 milhões de pessoas - quais setores demandarão mais profissionais nos
próximos anos.
De acordo com o estudo, quem deve liderar as
contratações no país é a área da engenharia, além do segmento comercial -
este último um dos principais empregadores de uma economia que caminha
cada vez mais em direção ao setor de serviços, dizem especialistas.
"Depois de 'arrumar a casa' em 2011, ou seja,
organizar suas finanças, as empresas estão buscando entregar resultados
neste ano. Isso significa maximizar os lucros, algo que se reflete no
perfil das contratações", diz Paulo Pontes, presidente da filial
brasileira da Michael Page, uma das principais agências de recrutamento
de executivos de média e alta gerência do país.
Para isso, as companhias brasileiras estão
elevando suas exigências. Segundo o relatório da Firjan, 69,1% das
empresas ouvidas requerem, no mínimo, algum tipo de pós-graduação para
profissionais de nível superior. Já para mais da metade delas, o diploma
universitário é indispensável, inclusive, para profissionais de nível
médio/técnico.
Marcando as celebrações do Dia do Trabalho neste
1º de Maio, a BBC Brasil entrevistou especialistas para descobrir dez
profissões que devem permanecer "aquecidas" nos próximos anos. Confira a
lista:
1) Engenheiro de Petróleo
Quanto ganha (em média): R$ 14.000
O que faz: É responsável pelo
desenvolvimento de projetos de exploração do petróleo e seus derivados
em poços e jazidas, buscando uma maior eficiência de produção sem dano
ao meio-ambiente. Com a descoberta do pré-sal, a profissão ganhou 'alma'
própria - e é oferecida, hoje, como curso de graduação nas principais
universidades do país.
2) Engenheiro de mobilidade
Quanto ganha (em média): R$ 12.000
O que faz: Supervisiona grandes
obras de infra-estrutura, verificando se estão adequadas às normas
legais. Nos grandes centros urbanos, esse profissional é encarregado de
gerenciar o planejamento do transporte urbano. A carreira entrou no
radar dos recrutadores depois que o Brasil foi confirmado como sede de
grandes eventos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada.
3) Engenheiro ambiental e sanitário
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 12.000
O que faz: Concebe e executa
projetos que diminuam o dano causado pela ação humana no meio-ambiente. A
profissão é cada vez mais requisitada por grandes empresas e governos
ciosos de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
4) Médico do Trabalho
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 16.000
O que faz: Trata-se de um ramo
da medicina especializado na promoção do bem-estar e da saúde do
trabalhador. Profissionais dessa área avaliam a capacidade de um
candidato de executar determinada tarefa, além de realizar exames de
rotina nos funcionários para verificar o cumprimento das obrigações
trabalhistas.
5) Gerente de Recursos Humanos
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 14.000
O que faz: É responsável por
recrutar novos profissionais e assegurar a permanência dos antigos.
Antes subestimada, a profissão saiu do limbo e conquistou importância à
medida que as empresas perceberam a necessidade de reter bons
profissionais face à concorrência.
6) Controller
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 20.000
O que faz: Analisa e interpreta
as informações contábeis das empresas de forma a reduzir perdas e
maximizar o lucro, utilizando, para isso, conhecimentos avançados de
administração. Atua no "centro nervoso" da companhia, relacionando os
campos da contabilidade e da administração.
7) Advogado de contratos
Quanto ganha (em média): R$ 10.000 a R$ 14.000
O que faz: Analisa e redige
contratos. É uma das áreas do Direito que mais tem crescido,
acompanhando a escalada das fusões e aquisições de empresas no Brasil.
8) Gerente comercial/vendas
Quanto ganha (em média): R$ 8.000 a R$ 18.000
O que faz: É responsável pelo
planejamento e controle das vendas, desde a saída dos produtos da
fábrica até a chegada à casa dos consumidores. Cada vez mais disputado
pelas empresas, precisa ser bem relacionado e carismático, com
conhecimentos avançados de administração e marketing.
9) Biotecnologistas
Quanto ganha (em média): R$ 4.000 a R$ 5.000
O que faz: Pesquisa a criação,
melhoria e gerenciamento de novos produtos nas áreas de saúde, química,
ambiental e alimentícia. Na área da microbiologia, pode atuar na
produção de vacinas. É cada vez mais requisitado por indústrias, cientes
da necessidade da otimização da cadeia produtiva.
10) Técnico em Sistemas de Informação
Quanto ganha (em média): R$ 2.000 a R$ 3.000
O que faz: Profissional de
nível médio, é responsável por criar e analisar os sistemas de
armazenamento e coleta de dados de uma companhia.
Fonte:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias
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